domingo, 3 de agosto de 2014

Lua de Quarto Minguante


Metade de mim é poesia, 
a outra metade, versos de ninguém.
Verbo feito carne de um só grito
Laço desfeito, 
Recitado com desdém.
E quando ao longe
Já se perde a voz no vento
Ainda há rima cá dentro
Enquanto a noite é apenas uma esperança
Derramada nos olhos de uma criança,
O corpo já se demora
Não tarda muito e perde a hora
E já vai tarde a madrugada
Mas o mundo já não ouve mais nada
É só um sonho errante
Que cabe todo na alma de uma Lua
Desenhada em quarto minguante. 



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