sábado, 28 de dezembro de 2013

Balada da noite

fria, a noite
adornada por uma lua de papel
espreito à janela
e lá está ela
quebrada em quarto crescente
embrulhada para presente
num céu puro cristal.
só faltas tu
sem ti sou como lua desfeita
ora crescente ora minguante
e nem as estrelas acalmam a minha escuridão
sou pedaço de espaço desenhado em cartão
e para quê bailar na ausência vazia
se a tua noite sempre for fria...
e volto a olhar para a janela
e a esperança continua a acende-la
e tu ainda tardas em chegar...
e a noite já quase se foi embora
quando chegas-te no raiar da aurora
e trazias o dia contigo
pintado no calor do teu sorriso
e tinhas um manto de universo no olhar
e nos teus braços adormecias a lua cheia
e a noite deixou-se ficar...

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