sábado, 28 de dezembro de 2013

Balada da esperança

E terias dito as mesmas palavras na chance de fazer diferente?
nem que a diferença fosse só o sussurrar do vento
e no mesmo instante do teu lamento
já todas teriam voado sem rumo.

Não que a dureza das palavras purifique a passagem dos dias
nem tão pouco apague as friezas da alma
quando se plantam sonhos em jardins de esperança
tudo floresce mas nem tudo se alcança...

É o triste bailar das letras, banhando nossas mãos
sejam doces ou tortuosos os momentos
afogando-nos o ser em marés vazias
em cada onda, ou nas vagas perdidas
rumando de encontro à areia
numa praia de solidão.

Hoje chovem lá fora
pequenas pérolas sagradas
pedaços de sonho que o céu abençoou
caindo sobre os ombros da nossa culpa...
pois que caiam tempestades,
lavem toda a réstia de sombra
que reste apenas o sonho
o caminho de esperança renovada
que reste apenas o vento lá fora
e a imensa vontade de o seguir
velejando entre as nuvens
mas se eu algum dia cair
que nunca me falte a coragem
de voltar a voar e seguir. 




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