segunda-feira, 10 de junho de 2013

Ensaio da Liberdade


Tu, que és prisioneiro
já não temes as amarras do dia
nem as brisas da morte
apenas vives fingindo viver
apenas esperas a vontade de morrer

Tu, filho do pó da terra
deixaste tudo e partiste prá guerra
procurando aquilo que perdeste apenas em ti
e que nunca encontraste na tua pele
nem na alma que vestes no teu corpo apagado.

Tu, pedaço de sombra
já não tens sol nem luz que te guie
permaneces acorrentado
de mãos e pés atados
pensamentos derramados no chão
clamando sonetos de luxuria
enquanto pintas teus olhos de luto.

Tu, que te vendes ao diabo
esperando riquezas desmedidas
sonhas mares de prazer
acordas de mãos vazias
já sem alma, sempre sem coração
choras, como choras
preso nas teias da perdição.

Tu, que corres rumo ao abismo
podes vender-te, podes dar-te
podes calar-te e resumir-te a ti mesmo.
Porém, se ousares libertar-te
das correntes que te esmagam a mente
jamais farão de ti prisioneiro
jamais cortarão tuas asas
e talvez este mundo seja pouco
para seres quem tu quiseres. 



(Imagem do Google)


Sem comentários:

Enviar um comentário