segunda-feira, 1 de abril de 2013

Pensamentos a retalho #6- Calvários

(imagem do Google)
E quem disse que tudo tem de ser perfeito? Até as imperfeições têm o seu lado mais perfeito. A perfeição é uma espécie de ironia com que a vida nos brinda. Talvez para se desculpar das cruzes que nos "obriga" a carregar, ou apenas porque sim. Nunca me conseguiram definir a palavra perfeição... será que tu consegues? Quando te conheci achei que tu eras essa perfeição imperfeita que eu sempre procurei. Não sei se estava certa, nem enganada. A vida nunca responde a estas questões. Oferece-nos apenas o nosso calvário, sem grandes explicações, nem mapas, nem GPS, nem nada. Cada um, é encarregue de desenhar o seu próprio destino imaginando descrever-se a si mesmo em cada esquina. Uma espécie de guia de ultimo recurso com jeito de manual de instruções ... mas não vale a pena perder muito tempo a fazer planos. Viver é um risco, ou se atira no escuro ou não se vive. É simples. Não há tempo para grandes planos de ultima hora, é velejar ao sabor do vento. A cruz não se pode largar, nem passar a ninguém. Cada um carrega a sua. Ela já nasce connosco. uma vez de pé, de olhos fixos no caminho, resta percorrer todo o calvário. E vamos ser honestos, há calvários que todos gostávamos de percorrer. O próprio amor é uma espécie de calvário, que se percorre em cada segundo de paixão. Pelo menos enquanto há fogo. Talvez a alma se salve. Dizem que o amor é um nobre sentimento. Não nos parecerá tão nobre quando não é correspondido. Eis a cruz mais pesada dos calvários da alma. Nem todos resistem ao caminho... Ele é penoso e a imponência de tal cruz derruba-nos muitas vezes. Forte é aquele que, após cada queda, lambe as feridas e segue a viagem sempre na companhia da sua cruz. Na verdade, mesmo sem saber, terá de carrega-la até ao ultimo suspiro. Seja ele de amor ou de dor. Até que seu corpo se derrame diante da sua paixão. Nesse momento terá certeza que a "ressurreição" não é apenas privilégio de Deus. Todo o Homem ressuscita em cada gesto de amor, em cada lágrima de paixão em cada calvário vivido.

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