domingo, 9 de dezembro de 2012

Um poema chamado inverno (parte 1)


Rosas de geada
Florindo em plena manhã de inverno
Regadas pelo chegar da madrugada
Ansiando matar a sua sede de eternidade.

Rosas de inverno são bravias
Crescem apenas onde são sonhadas
Mostram suas pétalas aveludadas
Sem nunca esconder seus espinhos.

Espalham o seu perfume na brisa
Encantam qualquer olhar mais atento
Mas só quem as sonhou
Pode conhecer seu verdadeiro encanto.

Rosas de inverno não se colhem
Nascem sem ser plantadas
Seus espinhos cortam mais que as espadas
Arrancam do peito as verdades frias
Desnudam, pétala por pétala, as almas vazias
Desprovidas de qualquer tipo de amor.


(Imagem do Google)



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