domingo, 11 de novembro de 2012

Mente-me

Mente-me!
Omite a verdade
Se o que tens para me dar
São apenas doces mentiras.

Mente-me!
Diz-me que o sol não ilumina o dia
Nega que a lua brilha lá no céu
Podes dizer que o oceano não cheira a maresia
Que o canto das aves não se perdeu.

Mente-me!
Diz-me que o mar nunca beijou a praia
Que nunca provaste do seu sal
Ninguém navegou em suas ondas
Que não distingues o bem do mal.

Mente-me!

Podes até dizer
Que nunca saciaste a tua sede
Que nunca toquei tua alma
Que nunca te ardeu o peito...

Mas mesmo assim,
Jura com jeito
Não vá eu acreditar
Que as tuas mentiras são meias verdades
Que insistem em contar por pura maldade
Ou capricho talvez.

Insanidade momentânea
Que serve apenas para me testar
Por à prova as coisas que ambos fizemos
Ou ainda fazemos, por amor.
Ou serão rasgos de lucidez?

Peço-te, uma ultima vez
Abre-te! Não fugas à verdade
Sê sincero e tem a bondade...

Não tenhas medo de sentir
Se o que temes é perder a noção
Se o que sentes está gravado no coração
Não te atrevas a fingir.

Mas se ainda assim
Teimares em mentir
Desvenda tuas manhas para mim
Mostra o segredo que tens guardado
E que a tua maior mentira
Seja nunca teres me amado!



                                    (imagem do Google)




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